sábado, 23 de junho de 2012

Explicando um pouco sobre o paisagismo

Os jardins passaram por uma grande evolução até atingirem o contexto atual.

Quando eu era criança o que entendia sobre plantas eram as que minha mãe, que sempre adorou plantas trocava com as tias, primas ou amigas.  o tempo foi evoluindo e as pessoas começaram a "valorizar" as plantas... As floras foram surgindo e plantas começaram a ser comercializadas.

O paisagismo é aliar conhecimentos científicos, com variações climáticas, estilos arquitetônicos, agricultura, arte e vários outros fatores (equilíbrio de cores, formas, texturas, etc.) pretende-se resultar num projeto harmônico, utilizando-se de plantas adequadas a cada área, que além de ornamentais sejam compatíveis com o clima, solo e lugar onde será implantado o jardim. Por menor ou mais simples que seja um jardim bem elaborado valoriza a residência.

Ainda há o entendimento que o paisagista só deve ser chamado na hora do plantio, não é isso o que deve ser feito. O paisagista elabora toda a parte externa da edificação, desenhando pisos, piscina, churrasqueira, fontes, pérgulas, escolhendo equipamentos, estabelecendo circulações e é claro, escolhendo espécies vegetais com: cores, texturas, perfumes, formas escultóricas.
Escolhe mobiliários, adornos, enfim tudo para satisfazer quem vai usufruir o espaço.

O jardim deve ser um lugar de contemplação, aconchegante, agradável esteticamente aonde às pessoas e a natureza convivam em harmonia.
A integração do Paisagismo com a arquitetura é fundamental também em um projeto, por isso o profissional de paisagismo deve trabalhar desde o princípio da obra em conjunto com o arquiteto.

Quando se elabora um jardim deve-se pensar nas expectativas e sonhos dos usuários e também nas necessidades de quem vai usar o espaço. Em obras públicas devemos ver qual será o uso do espaço, faixas etárias dos usuários, nunca se esquecendo dos portadores de necessidades especiais.

Curiosidades sobre plantas: Plantas gigantes

Quando viu as fotos achou que estava no pais das maravilhas!!!!! Estas plantas são reais...e verdadeiras...vejam onde encontrá-las.

A recordista Rafflesia arnoldii que parece que veio direto dos filmes de histórias infantis, é uma gigantesca flor de até 1,06 m de diâmetro e aproximadamente 10 kg, motivo pelo qual ela recebe o título de maior flor do mundo! Ela foi descoberta em 1818 na floresta tropical úmida da Indonésia por um guia local que trabalhava como colector para o botânico britânico Joseph Arnold, e é uma das exuberantes plantas do gênero Rafflesia



As raflésias ocorrem nas selvas do Bornéu, Samatra, Kalimantan e outras regiões da Indonésia, e ainda na Malásia, Tailândia e Filipinas. Elas são parasitas e crescem sob caules ou raízes de árvores, preferencialmente das plantas do gênero Tetrastigma, extraindo dessas os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, portanto não possui folhas já que estas são utilizadas primariamente para a produção de alimento para a planta. A flor pode demorar até 10 meses para atingir a maturação e fica aberta apenas durante algumas horas ou dias! 




Sua flor pode demorar até 10 meses para atingir a maturação e fica aberta apenas durante algumas horas ou dias! 





Esta é uma espécie de anturio! Flores gigantes precisam de espaços gigantes!!!! Lindas não!!!!


Curiosidade sobre plantas

Aproveitando de um momento único, o fotógrafo conseguiu fotografar, pela primeira vez, uma Tupaia Montana, usando uma planta tanto para sua alimentação, quanto como banheiro.


Todas as partes envolvidas saem ganhando, entre os quais o esquilo. Ele é atraído para a planta, quando sente o “ligeiro odor desagradável”, mas de sabor doce.
Sua auto-suficiência significa que ela vive em um habitat conhecido por ser pobre em nutrientes. Tornou-se uma das máquinas de reciclagem da natureza, proporcionando o melhor que os animais das montanhas precisam. Uma demonstração de “inteligência vegetal”, assim como outra planta cujas flores acenam para os insetos, a fim de atrair agentes polinizadores.

A natureza é perfeita assim como o Criador!!!
 

segunda-feira, 12 de março de 2012

"São as águas de março fechando o verão, é promessa de vida no teu coração".

Dicas para alguns cuidados no jardim durante o outono


Junto com o outono começa a temporada de cuidados especiais nos jardins.
Depois de enfrentar as altas temperaturas do verão, as plantas se preparam
para o recolhimento no inverno.

O outono é um excelente período para realizar duas tarefas no jardim:
limpeza e adubação


Faxina geral. O primeiro passo para cuidar do jardim nessa época do ano é fazer uma boa limpeza. Elimine insetos e ervas daninhas que provavelmente invadiram canteiros e vasos durante o inverno. Folhas e galhos secos devem ser eliminados com uma poda de limpeza. Rastelos ajudam na tarefa da limpeza. Aproveite também para dar manutenção aos canteiros já formados, escarificando o solo para favorecer a aeração ou oxigenação das raízes. Evite neste caso o uso de enxada ou pá - esse trabalho deve ser realizado com escarificador ou sacho, pois esta ferramenta permite acessar o espaço entre as plantas sem, contudo, danificá-las.
Prepare o solo para a adubação. Nos vasos e jardineiras use um ancinho para revolver a terra superficialmente. Sempre que possível, prefira ingredientes orgânicos para fazer a adubação (húmus de minhoca, torta de mamona ou farinha de osso).

Cuidado com as podas: essa tarefa merece atenção! Nada de podar plantas que vão florir no inverno ou início da primavera, pois sua floração pode ser prejudicada. Podas educativas (aquelas que dirigem o crescimento das folhagens) também não são recomendadas. O certo é fazer apenas uma poda de limpeza, retirando folhas amareladas e galhos secos para favorecer a penetração dos raios solares entre os galhos da planta. Essa poda de limpeza é especialmente indicada para as cercas vivas.

Dicas para fazer a poda de limpeza sem erros:
Com tesouras de pontas finas é possível alcançar áreas de acesso mais difícil em arbustos e cercas vivas, mas para hastes lenhosas é essencial usar uma tesoura de poda adequada, para não “mastigar” os caules.
Use ferramentas sempre muito bem afiadas, evitando danificar as plantas.
Para podar folhas mortas, faça um corte limpo, na extremidade do pecíolo, exatamente onde a haste da folha encontra o ramo. Dê uma ajuda para as plantas que precisam de apoio.
De uma maneira geral, as plantas no outono perdem uma boa parte de suas folhas, o que oferece uma ótima oportunidade para verificar as condições das plantas que precisam de suporte, tutores e treliças. Verifique as condições gerais destes apoios e aproveite para corrigir a condução dos ramos que cresceram durante o verão. Evite fazer cortes e podas de correção, eliminando apenas os ramos que apresentarem algum problema sério (como quebra, ataque maciço de insetos ou pragas, etc.). Garanta a umidade das plantas sem encharcar .

Com o final do verão e a diminuição do calor, a quantidade de água das regas deve ser diminuída, pois a evaporação no outono é menor. Por outro lado, as plantas estarão entrando num período no qual as chuvas diminuem e o solo passa a ficar mais ressecado. Uma ótima medida é aproveitar para incorporar à terra elementos com ação hidrorretentora, ou seja, que absorvem e mantém a umidade na quantidade certa. O mais recomendado é o húmus de minhoca que além de cumprir essa função ainda contém bons nutrientes para as plantas.

Crônica: a arte de perdoar

Nestorino veio de Portugal ainda criança e se apaixonou pela exuberância da natureza

Trabalhou muito a vida toda até, por fim, aposentar-se da Embrapa, onde trabalhava em um centro de pesquisas agropecuárias em São Carlos, duzentos e poucos quilômetros da capital paulista. Lá, criou o hábito de fazer cedinho pela manhã uma boa caminhada de ida e de volta por uma triha no bosque Santa Marta, eram três mil metros que lhe faziam bem para o coração e para o espirito. Deleitava-se contemplando os imensos jequitibás, perobas e copaíbas, os jacarandás que se enchiam de flores violáceas. Às vezes pegava do chão, cascas de canela sassafrás para perfumar a casa onde morava. Assim foi tomando carinho por árvores e pássaros e agora, que podia se dar ao luxo de descansar, dedicava horas cuidando do jardim e especialmente da horta. Cultivava couve portuguesa, para seus caldos verdes, e courgettes, um tipo de abobrinha que, recheada com queijo, ficava uma delicia e lhe fazia lembrar-se da infância em Coimbra.


Mas sua favorita era uma enorme jaqueira que crescera sozinha, na beira do terreno, nos fundos da casa. Com quase vinte metros soltava trinta ou até quarenta grandes frutos usados para fazer um doce disputadíssimo, que lhe rendia uns bons trocados. Porém, um dia notou que alguém pulava o muro atrás dos frutos da jaca-mole e decidiu fazer uma cerca elétrica para preservar sua propriedade. Comprou um kit e a instalou, certo de que isto afugentaria o vivaldino que roubava sua fruta. Uma noite de garoa e silêncio surpreendeu Nestorino com um barulho estranho, um ruído seco vindo do jardim dos fundos, bem perto da jaqueira. Pegou a lanterna e foi conferir. Depois de andar alguns metros o fecho de luz iluminou o corpo estendido de um menino de uns dez ou doze anos. Desesperado tentou reanimá-lo, fez de tudo, massagens, respiração boca a boca, gritou. Em vão, o garoto estava morto, eletrocutado depois de chocar-se com a cerca eletrificada.
Chamou a emergência, que constatou a morte, e levaram o corpo. Ninguém suspeitou a causa do acidente, ninguém imaginou que o Betinho fora eletrocutado pela imperícia ocasionada por uma instalação pífia, mal feita. Ninguém. A não ser Amanda, a irmãzinha dele que vira tudo, mas que apavorada fugira para sua casa, não falando do ocorrido a ninguém, nem a seus pais. Guardou o segredo para sempre, somente ela sabia que apesar de cardíaco, Betinho não tinha morrido de infarto. Ela e Nestorino, que morreu um ano depois cheio de remorsos. Pouco tempo depois a jaqueira foi fulminada por um raio que a atingiu bem no meio carbonizando-a por completo.
Durante anos Amanda pensou que a Justiça Divina tinha sido feita, que Deus tinha castigado com a morte o sitiante português e enviado aquele raio para vingar seu irmão mais velho. Um dia leu: "Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe respondeu: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete". Nunca fora uma mulher de fé, religiosa, por assim dizer, mas a frase do Evangelho trouxe a lembrança do fortuito acontecimento que acontecera há tantos anos.
Comprou uma muda de jaqueira de um produtor de frutíferas e com ela foi tocar a campainha da casa do finado Nestorino. O novo morador abriu a porta e surpreso ouviu uma história meio maluca que a irmã de Betinho contou para justificar a vontade insólita de plantar a pequena árvore, exatamente no mesmo local em que a outra vivera. Impunha a condição de fazer isto sozinha dizendo que estava pagando uma promessa. O Homem ofereceu uma pá cavadeira e lá foi Amanda com a jaqueirinha. Antes de plantá-la escreveu algo em um pedaço de papel que enterrou junto com a planta.
No bilhete estava escrito: “Descanse tranquilo, Seu Nestorino, lhe perdoo”.

Jardins de interiores




Decoração de sacadas ou varandas



Reaproveitando materiais da própria natureza


Qualquer espaço pode ser transformado em jardim!